Moema

Moema
Moema - Rodolfo Bernardelli

domingo, 30 de janeiro de 2011

  James Dewar - Bass, Vocals
  Reg Isidore - Drums
  Robin Trower - Guitar
Para baixar:
http://www.megaupload.com/?d=5CNCZZTH

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O fluir e o Fruir

Não existe Arte só na cabeça...

Toda verdadeira Arte é uma expressão da Alma. As formas externas se valorizam, apenas enquanto são as manifestações do Espírito interior do homem... As produções da Arte humana são valiosas apenas como meio para a auto-realização da Alma. (Gandhi).

Não existe Arte só na cabeça. Enquanto estamos presos no plano mental, só gastamos energias. Remoemos idéias curtas e inconsistentes. Não chegamos a lugar nenhum.

Para a semente se realizar como Árvore, é preciso romper o invólucro. Desafiar o desconhecido. Mergulhar nas entranhas da Terra. Noite escura, mas definitiva, indispensável. Sair de seu sono latente, cômodo e acreditar. Mesmo sem saber o que a espera lá fora.

Assim é o ser humano. Se não ousamos, jamais saberemos de nossos potenciais. Se não nos entregamos, superando nossos medos e nossa lógica pequena, como a manifestação artística se revelar? O fazer artístico é como o ritual da Oração. É preciso iniciativa própria, reverência, coragem e desapego...

Arte e Vida. Não tem como separá-las. Negar isto é tornar a existência fragmentada e enfadonha. É violentar uma necessidade inerente a todo ser humano. Ao Arte Educador cabe, através de uma sensibilização ímpar, criar as condições básicas para que o aprendiz possa por si; se auto-educar, ordenando seu “pensar, sentir e querer”; em uma direção onde todas as potencialidades do Ser possam fluir naturalmente.

Estes três pilares: Pensar, sentir e querer, quando em harmonia facilitam nossa vivência de estar no mundo, possibilitando em nós o despertar de valores defasados, adormecidos, esquecidos e a oportunidade para desenvolvê-los com segurança em nosso próprio benefício e favorecendo com isto, o equilíbrio de uma sociedade mais fraterna, sadia.

Disciplina, atenção, perseverança, determinação e acima de tudo, paciência. Muita paciência. São qualidades que o Arte Educador precisa exercitar a cada momento. São atributos da natureza humana de uma grandeza inquestionável. Sem eles nos tornamos máquinas programadas. Fantoches ambulantes sem Luz própria. Personagens de uma comédia amarga, sem cor e indecorosa.

A finalidade do ensino de artes, não é dar fórmulas prontas, entregar à criança um roteiro rígido e já definido, mas sim acender no aprendiz a iniciativa própria, o interesse pela pesquisa, a capacidade de encarar desafios e superar seus próprios limites. Encontrar novas soluções e começar de novo se preciso for. Por quê? Porque assim é a Vida...

Sendo assim, não se trata simplesmente de uma aprendizagem de técnicas, repetição de receitas padronizadas, vírus do modismo, mas sim o exercício saudável de vivenciar as coisas na sua essência. Jamais subestimar o potencial criativo do ser humano.

Provocar as condições necessárias para que o educando por si, seja senhor de suas próprias idéias, lutar , acreditar e investir nelas. Vivenciar as experiências e deixar que elas se incorporem naturalmente na consciência de cada um.

Tudo o que existe aqui neste planeta, as coisas que conhecemos ou ainda desconhecidas, são “portas”, que sabendo utilizá-las com inteligência, abrem-se e facilitam nossa evolução, física, mental e espiritual. Ao Arte Educador compete a responsabilidade de saber conduzir com consciência amorosa, a criança num processo gradual, a adquirir novos conhecimentos intuitivos, lógicos e verdadeiros.

É como afirma o músico e escritor Sthephen Nachmanovitch em seu Livro: “Ser Criativo”, ao falar sobre criatividade:

“Para criar temos que desaparecer. Maravilhoso vazio, porque apenas quando estamos vazios, sem qualquer distração e livres do diálogo interior, podemos responder intuitivamente à visão, ao som, ao sentimento do trabalho que está diante de nós”... (NACHMANOVITCH, Stephen. Ser Criativo: O poder da improvisação na vida e na Arte. 2 edição. Summus Editorial. São Paulo. 1993.186 p.)


Ao exercitar os processos criativos é importante esvaziar-se. Estar atento ao que acontece ao nosso redor. Não impor nenhuma idéia sobre o que quer realizar, mas sim cultivar um estado de silêncio interior, de empatia com o ambiente presente, com todos os objetos, os elementos plásticos a serem pesquisados, de tal forma que esta interação permita o acontecer espontâneo da Criação.

Fugir de imagens estereotipadas. Toda a criação deve fluir de dentro para fora. Ao elaborar as idéias, buscar estas imagens dentro de nós mesmos, na relação mútua entre nosso universo interior e o mundo exterior...

A Arte por sua natureza ultrapassa todos os espaços concebíveis. Não é coerente um ensino das modalidades artísticas, limitado somente ao espaço físico de uma sala de aula, de um atelier. Ela está em todos os lugares. É a manifestação sublime da própria Vida. Sendo assim é de suma importância dar à criança, respeitando sua faixa etária, o direito de participar e aprender, interagindo com suas dimensões internas e os valores culturais inerentes à comunidade da qual faz parte.

Criatividade não é forçar a barra, também não é magia, milagre. Não é força bruta, é sensibilidade, atenção, associação de idéias, o fluir e o fruir da intuição. È saber apreender a linguagem dos acontecimentos. Dar um tempo para cada coisa acontecer naturalmente. Maturação com ciência de causa.

Não é querer ir resolvendo logo os problemas e apresentar a solução final. Essas atitudes nada mais são, de que gestos mecânicos de quem ainda não encontrou o equilíbrio necessário para resolver em harmonia e ponderação, as circunstâncias da Vida.

É saber identificar cada situação. Interagir e transformar estes momentos num desafio positivo onde o aprendiz, possa redescobrir sua história pessoal.. Tomar consciência de novas possibilidades, perceber a si próprio e sua conduta, diante de situações que são “pérolas”, verdadeiros tesouros para nossa evolução interior.


JBConrado é Arte Educador, Arteterapeuta, Artista Plástico... Escreve quando o Universo requisita e o Coração ameaça sair do peito

Web site: www.ayruman.com.br
e-mail: ayruman_artes@brturbo.com.br

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011



Escultura de uma família com três filhos foi a base da abertura de Insensato Coração (Foto: Divulgação TV Globo)

Nova novela das nove da Globo, Insensato Coração  tem como base de sua trama as relações famíliares. Inspirado neste tema, Hans Donner conta que criou o conceito da abertura da novela a partir da escultura de um artista africano.
A pergunta é:   qual o nome dele?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Do livro "O ANEL DE AMETISTA" De Anatole France

Os homens animados por uma fé comum nada têm feito mais depressa senão exterminar aqueles que pensam de modo diferente, sobretudo quando a diferença é muito pequena

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nos jardins de Epicuro

Um dos mais modernos pensadores da antiguidade grega, Epicuro (341-270 a.C.) foi um caso raro de sofisticação filosófica e sabedoria de vida. Na verdade, na Grécia antiga os estudantes mudavam de escola para escola à procura da melhor — mas quando descobriam os jardins de Epicuro, não voltavam a mudar. Ler directamente os seus escritos permite-nos compreender porquê: a sua tranquila racionalidade e sensatez, a sofisticação da sua argumentação, que todavia consegue transmitir de forma simples, são ingredientes que não é fácil encontrar noutros filósofos.

Epicuro defendia uma vida de prazeres simples, mas não simplistas; era materialista e atomista; e procurava mostrar que a ansiedade torna as pessoas miseráveis, não havendo razões para cair nessa armadilha. Hoje em dia, a nova "psicologia positiva", que procura determinar como se pode viver feliz, defende ideias semelhantes — mas hoje é preciso chamar-lhe "a ciência da felicidade", para lhe dar um ar sério. A "Carta a Meneceu" (agora reeditada em Portugal, com o título Carta Sobre a Felicidade) é uma das mais citadas; nela, Epicuro defende que a morte não deve provocar-nos ansiedade precisamente porque depois de mortos nós não existimos e enquanto estivermos vivos, não estamos mortos.

Devemos também a Epicuro uma das primeiras formulações do problema do mal: se os deuses são omnipotentes e bons e sábios, por que razão há tanto mal no mundo? Epicuro defendia que os deuses, se existem, se estão nas tintas para nós e portanto não vale a pena estarmos nós preocupados com eles.

Estritamente materialista, Epicuro destacou-se pela tolerância cognitiva e pela recusa de dogmatismo. Os seus escritos sobre astronomia, por exemplo, ou sobre outros fenómenos físicos, exploram as diferentes teorias da altura, mas sem se comprometer dogmaticamente com nenhuma: argumenta que em muitos casos não se sabe pura e simplesmente como as coisas realmente são.

A filosofia do período helenístico tem conhecido uma profusão de estudos recentes que rejeitam a ideia de que os pontos altos da filosofia grega foram Platão e Aristóteles. Este livrinho é um bom ponto de partida para a aventura de descobrir a imensa riqueza da filosofia grega do período helenístico.