Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa, 
Abranda as rochas rígidas, torna água 
Todo o fogo telúrico profundo 
E reduz, sem que, entanto, a desintegre, 
A condição de uma planície alegre, 
A aspereza orográfica do mundo! 
Provo desta maneira ao mundo odiento 
Pelas grandes razões do sentimento, 
Sem os métodos da abstrusa ciência fria 
E os trovões gritadores da dialética, 
Que a mais alta expressão da dor estética 
Consiste essencialmente na alegria.
 
